quarta-feira, 25 de julho de 2012

NATUREZA E MEIO AMBIENTE, MÚSICA E MATEMÁTICA

Em se tratando de cidadania é lógico que muitas questões e muitos conteúdos estão envolvidos. O meio ambiente, por conta da voracidade dos homens em destruí-lo, chora, sente e clama por socorro. A escola pode fazer muito pelo meio ambiente. Quase todo mundo sabe da sua parcela de responsabilidade nessa história, mas, grande parte, contudo, não faz a sua parte. Ás vezes não faz por falta de um maior conhecimento, outras vezes por falta de consciência e, a cada dia, quem sofre é a natureza. Mas será que é a natureza mesmo que sofre? Na dúvida, i importante é conscientizar e podemos utilizar a matemática e a música para isso.

Leiam o artigo a seguir (de Célio Yano Ciência Hoje On-line/ PR, publicado em 12/07/2012) e vejam o quanto a matemática está envolvida. Salvar o planeta e, consequentemente, salvar a vida na terra, não deixa de ser uma questão de matemática.

Clique e assista o VIDEOCLIPE ANUM. Convide os alunos para a discussão. Veja quanta coisa de Biologia, Geografia, História, Língua Portuguesa e outras áreas pode estar envolvida. Proponha atividades sobre o tema, a partir desse material.

É possível conscientizar, através do estudo da matemática.
Mário Tourinho

                          Ainda dá tempo

Modelo matemático mostra que redução no ritmo de desmatamento da floresta amazônica e regeneração de áreas devastadas podem evitar extinção de espécies já condenadas a desaparecer.
Por: Célio Yano
Publicado em 12/07/2012 | Atualizado em 12/07/2012
Ainda dá tempo
Área de floresta amazônica devastada por corte e queimada. Desmatamento dos últimos 30 anos condenou pelo menos 10 espécies de mamíferos que ocorrem na Amazônia a desaparecer da região. (foto: Alexander Lees)
Pelo menos oito espécies de anfíbios, 20 de aves e 10 de mamíferos devem desaparecer da Amazônia brasileira nas próximas décadas, caso não se reverta o processo de desmatamento da maior floresta tropical do mundo e não se recuperem as áreas já comprometidas. Não adianta apenas parar de cortar árvores agora; esses animais estão condenados por causa da devastação ocorrida nos últimos 30 anos.
É que entre o momento da destruição do hábitat de uma espécie e sua extinção nesse local há um intervalo de tempo de algumas décadas. As gerações seguintes dessa população até serão capazes de se deslocar e sobreviver, mas com a alta densidade de indivíduos acabarão por competir entre si por recursos e entrarão em colapso.
Pelo que já desmatou, o ser humano está ‘devendo’ 38 espécies para a lista de animais extintos
Ou seja, pelo que já desmatou, o ser humano está ‘devendo’ essas 38 espécies para a lista de animais extintos, e, se o ritmo de devastação da floresta amazônica crescer, a dívida aumentará.
Resumidamente, é isso o que sugerem pesquisadores do Imperial College de Londres, em um artigo que será publicado na edição desta sexta-feira (13/07) da revista Science.
Usando um modelo matemático inédito, criado a partir de dados históricos de desmatamento, distribuição e extinção de espécies na Amazônia, eles projetaram quatro possíveis cenários de perda de biodiversidade da floresta para 2050.
As previsões são baseadas em quadros de desmatamento propostos pelo geólogo Britaldo Silveira Soares Filho, da Universidade Federal de Minas Gerais, em estudo publicado em 2006 na Nature.

Calote no débito de extinção

No mais otimista dos cenários, que considera a manutenção das áreas de proteção e o cumprimento da legislação ambiental brasileira, a taxa de desmatamento deve cair gradativamente dos atuais 6,5 mil km2 por ano até se estabilizar por volta de 2016. Nesse caso, o chamado ‘débito de extinção’ (número de espécies condenadas à extinção local) deve permanecer nos níveis atuais.
No cenário mais pessimista, os pesquisadores levam em conta um aumento do ritmo de devastação da floresta amazônica a níveis acima do recorde histórico de 29 mil km2 registrado em 1995. A consequência seria a extinção de pelo menos 10 espécies de anfíbios, 30 de aves e 15 de mamíferos, que hoje se distribuem em uma área equivalente à metade da Amazônia brasileira.
Bicho-preguiça
Bicho-preguiça encontrado em borda de floresta. (foto: Robert Ewers)
O artigo apresenta o número de espécies sentenciadas à extinção por estado brasileiro que tem área de floresta amazônica: Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.
Para se ter uma ideia, em Rondônia, o débito de extinção de mamíferos é de quatro espécies, mas esse número pode saltar para 14 caso o desmatamento volte a aumentar no ritmo dos maiores níveis históricos. Já no Amapá, onde hoje não há espécies de aves condenadas, o débito de extinção nesse grupo poderia chegar a 27.
“Mas há uma janela de oportunidade para atenuar os efeitos do desmatamento histórico, concentrando os esforços de conservação em áreas com maiores débitos”, afirmam os pesquisadores no artigo. Em outras palavras: é possível dar o calote nessa dívida.
“A medida mais eficiente para mitigar os efeitos do desmatamento é regenerar a floresta por meio da conexão de áreas devastadas com áreas de floresta madura”, explica o ecólogo Thiago Rangel, da Universidade Federal de Goiás (UFG). O pesquisador brasileiro assina na mesma edição da Science um artigo em que contextualiza os resultados do trabalho do Imperial College no cenário político-econômico.
Borda de floresta 
 
Borda de floresta formada a partir de desmatamento. A conexão de áreas devastadas com áreas de mata madura pode regenerar a vegetação original e ajudar a reduzir o débito de extinção de espécies. (foto: Toby Gardner)

Nas mãos do Legislativo

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que desde 1988 monitora o desmatamento da Amazônia, mostram que a área desmatada por ano caiu 77% entre 2004 e 2011. Caso essa tendência persista nos próximos anos, a perspectiva é que 2050 chegue com o mais otimista dos cenários propostos pelos autores do artigo da Science.
Mas, para Rangel, a mudança no Código Florestal, defendida pela bancada ruralista no Congresso Nacional, representa um risco de o pior dos cenários se tornar real.
“A discussão do Código Florestal saiu da agenda midiática assim que a [presidente] Dilma [Rousseff] vetou alguns trechos do texto, mas a novela ainda não acabou”, explica. Ele lembra que as mudanças e vetos feitos pela presidente ainda voltarão ao plenário da Câmara e do Senado para discussão.
A definição quanto à mudança ou não do Código Florestal será crucial para traçar o futuro da floresta amazônica
Além disso, parlamentares favoráveis às mudanças no código recorreram ao Supremo Tribunal Federal questionando a legalidade da medida provisória que a presidente assinou em substituição aos itens vetados por ela.
O ecólogo acredita que a definição quanto à mudança ou não do Código Florestal será crucial para traçar o futuro da floresta amazônica. O cenário de desmatamento em 2050 está na dependência de uma decisão política.

Célio Yano Ciência Hoje On-line/ PR

terça-feira, 26 de junho de 2012


SUPER LEGAL OU SUPER INTERESSANTE?

Os dois. Em um gesto super legal os editores da Revista Super Interessante, disponibilizaram para leitura e consulta, todo o conteúdo das edições antigas da revista abrangendo o período dede 1988. É, com certeza, uma ótima fonte de pesquisa para trabalhos escolares e conhecimento geral. Não é super interessante?

Para acessar clique no endereço que se encontra no nosso blog, na coluna à direita, na seção "SITES E BLOGS RELACIONADOS" É só clicar no Ano, escolher a Capa da Revista e acessar todo o seu conteúdo.

Dia da Matemática. Nossos alunos tem que fazer parte da comemoração.
NO DIA DA MATEMÁTICA, A MATEMÁTICA DO DIA A DIA.
Reflexões e sugestões do Professor Mário Tourinho.

Seis de maio é data dedicada à comemoração do Dia da Matemática. Não vejo hipótese de uma data como esta ser reverenciada fora da sala de aula. Não vejo sentido em se pensar qualquer atividade celebrativa para este dia, sem que estejam envolvidos diretamente os nossos alunos. Assim como a própria Matemática, é uma questão de lógica.

Defendo minhas afirmações apoiando-me nas seguintes perguntas: Sabemos das dificuldades de nossos alunos (e da população em geral) no que diz respeito à disciplina? Sabemos as causas dessas dificuldades? Esta data pode ser uma oportunidade para modificar o olhar de muitas pessoas em relação à Matemática?

Se você respondeu sim aos três questionamentos, então você concorda, logicamente, que a melhor maneira de desmistificar a Matemática é fazendo com que as pessoas compreendam a natureza prática e útil da disciplina e percebam a presença cotidiana dos conhecimentos matemáticos em suas vidas.

Todos aqueles que têm “ódio”, “medo”, “pavor”, “indiferença” ou até “pânico” da Matemática, certamente tem uma história ruim para contar sobre a disciplina. Em geral estas histórias relatam falta de oportunidade, falta de respeito, falta de paciência, carência na formação (do aluno e do professor), falta de material escolar, falta de infraestrutura educacional, enfim, uma série de razões que findam por desestimular o aluno na compreensão e no estudo de um conteúdo tão específico e tão importante para o seu desenvolvimento e para a prática da cidadania. A baixa autoestima dos alunos e dos cidadãos, por conseguinte, é flagrante: “não sei Matemática”, “não gosto de Matemática”, “sou burro em Matemática”, e outras declarações semelhantes, são comuns na sociedade em geral e no ambiente escolar.

Malba Tahan foi o precursor da Educação Matemática. Foi quem primeiro trabalhou com a História da Matemática. Defendeu a valorização do raciocínio na resolução de problemas matemáticos, sem o uso mecânico de fórmulas, além de utilizar atividades lúdicas para facilitar o estudo. Muito antes de se falar em interdisciplinaridade ele já se preocupava com a unificação das ciências. Malba Tahan, para quem não se lembra, é o pseudônimo Júlio César de Mello e Souza, um genial professor, educador, pedagogo, escritor e conferencista brasileiro, nascido no Rio de Janeiro em 6 de maio de 1895. Em homenagem a ele, 06 de maio é o Dia da Matemática.

Agora, imaginem vocês, se com um perfil desse, Malba ficaria satisfeito em saber que o Dia da Matemática, data criada em sua homenagem, seja festejado em outro ambiente que não seja a sala de aula.

Portanto, sugiro e conclamo a todos os professores de matemática, inclusive associados com professores de outras disciplinas. Todos os anos vamos planejar atividades comemorativas para o Dia da Matemática. Há uma infinidade de ações que podem ser desenvolvidas. Superemos as dificuldades. Com criatividade e simplicidade é possível fazer ver aos nossos alunos porque e como a Matemática é a disciplina do nosso dia a dia e como ela está estreitamente ligada a todas asoutras áreas do conhecimento. Deixo algumas idéias:

Você pode pensar em comemorar o Dia da Matemática no próprio dia 06, que este ano é uma quarta-feira. Se não for dia de sua aula, faça em qualquer outro dia da mesma semana. Se quiser pode pensar também em uma Semana da Matemática.

Convide professores de outras disciplinas para participar junto com você. Envolva a Coordenação Pedagógica, Direção da Escola e até a comunidade. Seria muito bom, por exemplo, se os pais dos alunos participassem.

Palestras debates, exibição de filmes são interessantes desde que os alunos participem diretamente no planejamento e na execução. Não os deixe apenas como expectadores. A qualquer destas palestras procure fazer ligação com a importância da matemática em nossas vidas. Convide colegas para fazerem palestras. Identifique alunos que possam falar sobre o tema (dando-lhe o suporte e os subsídios necessários).

Gincana matemática. È uma boa idéia. Pense em tarefas alegres e movimentadas, mas que envolvam a utilização da matemática. Normalmente os alunos gostam e participam com bastante interesse. Você pode fazer a gincana entre grupos das suas turmas ou entre turmas, envolvendo toda a escola.

Dramatematizando(*) - è uma atividade simples, envolvente e que normalmente dá bons resultados.
Escolha previamente matérias de jornais, revistas, sites, etc., que tratem de assuntos do dia a dia (saúde, educação, economia, cidadania, meio ambiente, esportes...) que tragam em seu texto elementos e conteúdos de matemática. Separe a turma em grupos entregue a cada grupo uma das reportagens selecionadas (você pode pensar também e uma reportagem por turma). A tarefa do grupo, ou da turma, é preparar uma dramatização da reportagem, enfatizando os elementos de matemática encontrados. Oriente-os sobre como planejar a apresentação, que personagens estão presentes na reportagem, quem poderia representar os papéis, que assuntos de matemática estão presentes, que materiais e caracterizações serão necessários. È possível estabelecer também uma competição entre os grupos ou turmas. Marque um dia, durante a semana em que se comemora o Dia da Matemática, para as apresentações, que poderão ser feitas no auditório ou no pátio da escola. Convide toda a comunidade escolar para assistir as apresentações. Valoriza a realização de cada grupo ou turma. Com base nas apresentações fale sobre a importância da matemática na resolução de problemas do cotidiano, sobre a presença da matemática em nossas vidas, sobre a matemática como um instrumento de facilitação e melhoria da vida do homem.

Registre todas as atividades que você fizer, através de fotografias ou filmagem. Desde a fase de elaboração até a conclusão. Depois faça, na escola, uma exposição dos fotos ou sessão para exibição da filmagem. Nesta oportunidade exponha também trabalhos que os alunos fizeram, não só decorrente do Dia da Matemática, como outros anteriores. As pessoas gostam de ser valorizadas e ver divulgado o resultado do seu trabalho.

Envie todo o registro para o nosso blog e nós publicaremos com a maior satisfação. Depois informe aos alunos e peça que eles acessem o blog. È uma oportunidade de professor e alunos estarem “conectados” nesta ferramenta e no uso de novas tecnologias na educação.
Pense, crie, recrie, reaproveite, reinvente. Muitas novas ideias surgirão. Bom trabalho e boa sorte!
  (*Criação Mário Tourinho)

A MATEMÁTICA NA BALANÇA

A notinha abaixo saiu na coluna semanal de Ricardo Boechat da Revista ISTOÉ DO DIA 13.06.2012. Leiam:
Emprego - Vítima da balança

Por 5 votos a 0, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro liberou a Petrobras de contratar Anderson dos Santos. Em ação julgada na terça-feira 5, ele alegou "preconceito" da estatal ao não contratá-lo, após passar em concurso público. A Petrobras sustentou que uma pessoa com 168 kg não aguenta o trabalho pesado em plataformas marítimas. O desembargador Fernando Foch, no voto vencedor, não viu segregação contra os gordos, mas sugeriu à Petrobras que indique nos editais o limite de IMC que aceita.



   
Aparentemente nada tem a ver com matemática, exceto alguns dados e informações traduzidas por números. Aparentemente, é claro. Como em tudo que vivemos no cotidiano, a matemática naturalmente está presente. Nesta situação um cidadão deixou de ser contratado por uma grande empresa, após passar em concurso público, por não estar com o IMC aceitável para a função. 

Coincidentemente aqui no matemáticacomcidadania, na coluna da direita, você pode calcular o seu IMC.

Você estaria apto à função, caso fosse aprovado no concurso?

Eis aí uma excelente proposta para discussão na sala de aula. Ao final o cálculo do IMC recai em uma simples fórmula matemática que envolve o peso e a altura da pessoa. Mas, se bem trabalhada na sala, essa questão, perpassa por uma série de situações que certamente interessam, e muito, aos alunos, inclusive pela interdisciplinaridade. Preconceito, saúde, hábitos alimentares, alimentos saudáveis, postura crítica, autoavaliação, etc., são algumas possibilidades de discussão e análise que podem ser abordados.

Com uma balança e uma fita métrica é possível tornar a aula interessante e produtiva. Ao final, calcular o IMC será apenas um detalhe, com a vantagem dos alunos mergulharem no cálculo matemático de forma absolutamente prazerosa.