sexta-feira, 21 de novembro de 2008
A MATEMÁTICA CONTRA A DENGUE. ALERTA!
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
O papel da escola no combate à corrupção
"Se a educação não focalizar o vício nacional da corrupção, deixará de cumprir o seu papel. A escoladeve se ocupar da formação do cidadão"
A reflexão sobre a educação nacional, contudo, precisa levar em conta que o Brasil está entre os países mais corruptos. Em outras palavras, precisamos dar ênfase tanto ao ensino competente das matérias quanto à formação de cidadãos capazes de respeitar a lei. Se a educação não focalizar o vício nacional da corrupção, em busca de sua superação, deixará de cumprir o seu papel. Porque não estará se empenhando em formar brasileiros contrários ao crime. Num país em que a lei é tradicionalmente desrespeitada, é fundamental ensinar o respeito a ela. Porque só a lei desautoriza os abusos e só ela torna a punição legítima, evitando a justiça que o homem faz com as próprias mãos.
A escola deve se ocupar da formação do cidadão. Mas a educação cívica brasileira não pode ter como modelo a de países cujos problemas não são os mesmos que os nossos. Não basta transmitir os fundamentos da República – temos de levar em conta a nossa formação histórica, ensinando, por exemplo, as crianças a diferenciar o poder, que não aceita limite, da autoridade, que não se concebe sem o limite. Temos de ensiná-las a discernir amizade de cumplicidade. Ou seja, a diferenciar o amigo – que é de paz e tem pelo outro um amor independente do interesse – do cúmplice, que só se liga por interesse.
A escola precisa educar transmitindo valores. Isso não significa, porém, que a atividade docente deva ser politicamente engajada. Ela necessita reger-se, antes de mais nada, pelo princípio da neutralidade política. Fazer das aulas um lugar de doutrinação é um equívoco, como dizia a filósofa alemã Hannah Arendt. Porque a doutrinação é contrária ao desenvolvimento do espírito crítico, que a boa educação também requer.
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
COLUNISTA DA REVISTA NOVA ESCOLA VISITA O NOSSO BLOG
A visita foi motivada pela publicação do artigo que ele escreveu "Matemática em todas as disciplinas", que publicamos em nosso espaço. Veja acima o email que gentilmente recebi do Professor.
Aproveite e leia, também, a publicação O AMPLO ALCANCE DA MATEMÁTICA (E DO GESTAR, TAMBÉM).
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
REVISTA CH 252 :: SETEMBRO DE 2008 :: EM DIA
A voz do mestre
Distúrbios vocais afetam qualidade de vida de professores, mostra estudo feito em escolas da Bahia
A voz do mestre Distúrbios vocais afetam qualidade de vida de professores, mostra estudo feito em escolas da Bahia
Pesquisa com 747 professoras da rede de escolas públicas do município de Vitória da Conquista, na Bahia, realizada pelo Departamento de Medicina Preventiva e Social da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e da Universidade Estadual de Feira de Santana, apontou resultados alarmantes: a maioria (cerca de 70%) das professoras do ensino fundamental consultadas apresentou danos nas cordas vocais ou rouquidão. O estudo mostrou que as alterações de voz devem fazer parte do grupo das chamadas doenças ocupacionais e afetam a qualidade de vida de professores e o desempenho escolar dos alunos.
De acordo com o médico Eduardo Reis, membro da equipe de professores e pesquisadores da Faculdade de Medicina da UFBA, 59,2% das professoras tinham rouquidão, enquanto 12,9% foram diagnosticadas com calos nas cordas vocais, problema mais grave, tratado predominantemente por meio de cirurgia. As mulheres são mais sujeitas aos danos por apresentarem cordas vocais mais sensíveis, além de sofrerem com o desgaste físico e psicológico causado pela profissão. "Muitas professoras do município têm cargas horárias muito elevadas, trabalham em dois ou três turnos e algumas ainda lecionam em escolas diferentes. E quem leciona há mais de cinco anos, tem também maior probabilidade de desenvolver calos nas cordas vocais", diz Reis. Mas estes são apenas alguns fatores que contribuem para a perda da voz. Segundo o pesquisador, os maiores problemas estão na estrutura física e no modelo pedagógico das escolas, que não condizem com o ambiente propício e saudável para o ensino. São freqüentes os problemas de acústica, salas de aula de tamanho inadequado e elevado número de alunos. "Além do barulho dentro da sala, o movimento de alunos nos corredores interrompe as aulas e prejudica o desempenho dos professores, que acabam usando a voz de maneira incorreta", observa Reis. Alternativas E o que as professoras podem fazer para reduzir os danos na voz? O pesquisador explica que beber água nos intervalos é importante, porque ajuda a hidratar as cordas vocais. Além disso, podem optar por atividades que permitam maior participação dos alunos, como trabalhos em grupos ou leituras coletivas. O fundamental, porém, conforme o estudo, é que as escolas tomem iniciativas como a aquisição de microfones, a redução do número de alunos nas salas de aula e a melhoria das condições acústicas. "Outra medida é a substituição do quadro negro pelo branco, porque, além de irritar a garganta, o giz causa alergias. E é importante que se pague um salário digno para que o professor possa reduzir a jornada de trabalho e diminuir as atividades de ensino em várias escolas", destaca o médico. Afastadas das escolas em função da disfonia, as docentes encaram ainda as dificuldades do mercado de trabalho. "A saúde mental também é afetada porque as professoras de ensino fundamental carregam uma imensa responsabilidade de transmissão de conhecimento", diz Reis. Ele adverte que o problema da disfonia ocorre em todo o país e afeta tanto professores do ensino público quanto do particular. Juliana Marques Ciência Hoje / RJ
Disponível em:
http://cienciahoje.uol.com.br/128587